12 de nov. de 2019

Relações de Produção na América Portuguesa

RELAÇÕES ENTRE A COLÔNIA E A METRÓPOLE

Boa tarde, pessoal! Segue nosso resumão para ajudá-los nos estudos para a prova.


Período pré-colonial

É o período que compreende a chegada dos portugueses ao Brasil até os anos de 1530. Nesse período os portugueses tinham como principal produto de exploração aqui na colônia o pau-brasil.

O pau brasil era extraído através do ESCAMBO. Prática caracteriza pela troca de "bugigangas" pelo
pau brasil. Essa madeira era guardada nas FEITORIAS, espécie de armazéns e levada para Portugal, onde servia como matéria prima para construção civil, fabricação de móveis, barcos e até mesmo tinturas para tecidos.

A COLONIZAÇÃO

O Brasil começou a ser invadido por povos como os Franceses, mais tarde os holandeses e para garantir seu território, apesar de não haver encontrado metais preciosos, objeto do desejo dos portugueses, Portugal iniciou  processo de colonização.

Como Portugal não possuía recursos para investir nessas terras, optou por um projeto de exploração que ele já havia implementado nas ilhas de Açores e Madeira, baseado nas capitanias hereditárias.


CAPITANIAS HEREDITÁRIAS

As capitanias hereditárias baseavam-se num sistema de distribuição de terras que eram doados pela coroa portuguesas aos Capitães donatários, pessoas responsáveis por vir para o Brasil para desenvolver essas terras. Foram enormes l5 lotes imensos de terras que poderiam ser divididos em porções menores chamados de "sesmarias" que poderiam ser doados.

As dificuldades das Capitanias? Eram enormes!!! A falta de apoio financeiro da coroa portuguesa, a deficiência de mão de obra para trabalhar as terras, a distância entre uma capitania e outra, enfim... o sistema de capitanias faliu, prevalecendo apenas as capitanias de São Vicente(São Paulo) e Pernambuco. 

GOVERNO GERAL

Para administrar a colônia substituindo o sistema de capitanias foram instituido o Governos Geral. Ele era uma pessoa de confiança do rei de Portugal e que devia fiscalizar a colônia, administrar e manter a ordem. Para facilitar essa administração, foi criado em cada vila e cidade as "Câmaras Municipais", instituições onde os "homens bons" (brancos e donos de terras) exerciam cargos políticos na sua localidade.

ECONOMIA NA COLÔNIA

O tipo de economia desenvolvido na América Portuguesa era baseado na agricultura, exportação e na utilização de mão de obra escrava.

Havia uma proibição por parte da metrópole de desenvolvermos qualquer tipo de manufaturas. Além disso, tudo o que entrava e saia da colônia era controlado pela metrópole (pelo menos na teoria) através do PACTO COLONIAL, chamado também de EXCLUSIVISMO COLONIAL.



ECONOMIA AÇUCAREIRA


O primeiro tipo de investimento realizado aqui foi a produção de cana-de-açúcar. 
Os portugueses já tinham bastante experiência pois produziam açúcar nas ilhas africanas, local ao qual eles também haviam colonizado.

O Brasil possuía um clima e solo bem adequados para esse tipo de cultivo e além do mais, o açúcar era um produto de grande aceitação no mercado europeu. 

Apesar de ser um investimento muito caro, os portugueses conseguiram o financiamento e a parceria para a produção do açúcar através dos holandeses e iniciaram os empreendimentos no Nordeste brasileiro.


O engenho de açúcar era uma grande e complexa empresa produtora de açúcar.  As grandes extensões de terras onde se cultivava o açúcar (latifúndios), as máquinas e equipamentos usados para a confecção, a moenda onde se moia a cana, as caldeiras onde era produzido o melado, o gado usado como meio de transporte, a senzala onde os negros eram entulhados, a capela existente no quintal, a casa grande onde vivia o senhor de engenho e a sua família... tudo isso compreendia a grande estrutura do Engenho.

A ATIVIDADE MINERADORA

As condições para o desenvolvimento da mineração no Brasil foram dadas pelo processo de desbravamento do interior da colônia operado pelas denominadas Entradas e bandeiras, que consistiam em expedições armadas que saíam da Capitania de São Paulo rumo ao sertão, com o objetivo de apresar índios, destruir quilombos e encontrar metais preciosos. No final do século XVII uma dessas expedições conseguiu encontrar jazidas de ouro nas regiões montanhosas de Minas Gerais, onde teve início a ocupação do Vale do Ouro Preto.
Nessa e em outras regiões de Minas (e depois em Goiás e no Mato Grosso), o ouro, inicialmente, era encontrado na forma de aluvião – um tipo sedimentado do metal solvido em depósitos de cascalho, argila e areia. Logo em seguida, começou-se a exploração de rochas localizadas nas encostas das montanhas, empregando-se a técnica conhecida como grupiara. Grandes sistemas de prospecção foram construídos, desde escavações das encostas até canais de drenagem e ventilação.
A exploração do ouro em Minas desencadeou uma grande onda migratória de portugueses e de pessoas de outras regiões da colônia no século XVII. Cerca de 30 a 50 mil aventureiros vieram em direção às minas à procura de enriquecimento. A densidade populacional aumentou sobremaneira nessa região e aumentaria ainda mais com a presença dos escravos que, encarregados do trabalho braçal, passaram a compor a base da sociedade mineradora.
Havia uma enorme fiscalização por parte da coroa portuguesa em relação a todo o ouro que era retirado nas minas.


A Intendência das Minas (responsável por essa fiscalização) estipulava a porcentagem do tributo da riqueza obtida em cada jazida. A primeira forma de tributo foi o quinto, isto é, 20% do que era produzido na prospecção deveria ser remetido à Coroa Portuguesa. Havia também a Casa de Fundição, responsável por fundir e pesar todo ouro extraído para assim facilitar a cobrança de impostos.

AS RELAÇÕES ESCRAVISTAS NA AMÉRICA PORTUGUESA 

A escravidão era a base da produção de riquezas no Brasil. Todo o trabalho realizado tanto nos engenhos de açúcar quanto na mineração ou nas cidades que nasciam eram feitos pelas mãos dos escravos.

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