7 de mar. de 2018

A Cristandade Europeia

Enquanto a crise e enfraquecimento levavam o Império Romano do Ocidente ao fim , a IGREJA se fortalecia e se tornava uma instituição muito poderosa.
Para isso, ela se aliava a reis e reinos e passava a controlar todos os aspectos da vida das pessoas.



Império Bizantino

O Império Bizantino se constituiu da divisão do Império Romano, no ano de 395, em duas partes: Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla e Império Romano do Ocidente, com capital em Milão.

A cidade de Constantinopla, antes denominada Nova Roma, foi fundada por Constantino no ano de 330, no local onde existia a colônia grega de Bizâncio (hoje Istambul), na região entre a Europa e a Ásia, na passagem do mar Egeu para o mar Negro.
Protegida por muralhas e cercada de água por três lados, a península sobreviveu às invasões bárbaras em toda a Idade Média.
O principal imperador bizantino foi Justiniano (527-565), em seu governo o Império Bizantino atingiu o máximo esplendor.
Enquanto no Ocidente, durante a Alta Idade Média, o Império Romano era devastado pelas invasões de diversos povos, Justiniano conseguia manter a unidade do Império Romano do Oriente, que compreendia a península Balcânica, a Ásia Menor, a Síria, a Palestina, o norte da Mesopotâmia e o nordeste da Ásia.
Foi também o responsável pela temporária reconquista de grande parte do Império Romano do Ocidente, incluindo a cidade de Roma.

O Governo de Justiniano

Filho de camponeses, Justiniano chegou ao trono em 527. Sua mulher, Teodora, exerceu decisiva influência sobre a administração do Império, determinando muitas decisões tomadas por Justiniano.
No poder, Justiniano procurou organizar as leis do Império. Encarregou uma comissão de juristas de elaborar o Digesto, uma espécie de manual de Direito destinado aos estudantes, que foi publicado em 533. Nesse mesmo ano foram publicadas as Institutas, com os princípios fundamentais do Direito Romano e no ano seguinte concluiu o Código de Justiniano.
As três obras de Justiniano – que na verdade, eram uma compilação das leis romanas desde a República até o Império Romano, foram depois reunidas numa única obra o Codex Justinianus, depois chamado de Corpus Juris Civilis (Corpo de Direito Civil).

Economia, Religião e Cultura Bizantina

Situada numa posição privilegiada, Constantinopla era ponto de passagem para os comerciantes que circulavam entre o Oriente e o Ocidente. A cidade possuía diversas manufaturas, como as de seda e um comércio desenvolvido.
Justiniano procurou usar a religião para unir o mundo oriental e ocidental. Procedeu a construção da catedral de Santa Sofia (532 a 537), monumento arquitetônico no estilo bizantino, voltada para a expressão da fé cristã, com sua enorme cúpula central, apoiada em colunas que terminam em capiteis ricamente trabalhados.
 cristianismo predominou no Império Bizantino, embora tenha se desenvolvido de forma peculiar. O Imperador passou a ser considerado o principal chefe da Igreja. Desprezavam as imagens, podiam adorar apenas Deus, cuja imagem também não podia ser reproduzida.
As imagens eram denominadas ícones, levando os bizantinos a um movimento de destruição conhecido como Iconoclastia. Questionando os dogmas cristãos pregados pelo clero que seguia o papa de Roma, deram origem a algumas heresias - correntes doutrinárias discordantes da interpretação cristã tradicional.
As diferenças entre Oriente e Ocidente, e as disputas pelo poder entre o papa e o Imperador culminaram na divisão da Igreja, em 1054, criando uma cristandade ocidental, chefiada pelo papa e uma oriental, chefiada pelo imperador. Esse fato recebeu o nome de Cisma do Oriente.
A cultura bizantina apesar de refletir profundas influências romanas, sofreram claras influências da Cultura Helenística. Adotaram o grego como idioma oficial, no século III, mantiveram constantes relações com os povos asiáticos, além de vivenciarem a invasão persa e o posterior assedio árabe. A arte combinava o luxo e a exuberância do Oriente.

Império Islâmico

O Império Islâmico foi como ficou chamado a população seguidora de Maomé. Tudo começou com a população árabe, esse povo vivia na região do Oriente  Médio, principalmente na Península Arábica. 

No litoral eles viviam em forma de tribos e ficavam em locais fixos, pois tinham como se manter com a agricultura. Já no interior da península, por ser mais desértico, os árabes viviam em caravanas, sempre se locomovendo de um local a outro, tendo como atividade principal o comércio. Os árabes nesta época eram politeísta, ou seja, eles acreditavam em vários deuses.

Meca foi uma cidade bastante importante da região da Arábia, o comércio era bastante forte e foi nela que em 570 nasceu Maomé. Maomé em sua juventude foi comerciante, e durante sua vida teve contato com vários povos e consequentemente com várias culturas diferentes.
Maomé ficou conhecido biblicamente por ter durante algum tempo a visita do anjo Gabriel, onde nessas visitas ele dizia a Maomé que ele deveria propagar perante a sua população que só havia a existência de um Deus, que ele foi escolhido para ser um profeta de Alá.



A fuga de Maomé


A nobreza passou a perseguir Maomé e essa perseguição o fez fugir para outra cidade Árabe, chamada Latreb, isso aconteceu no ano de 622. Maomé conseguiu converter a população de Latreb com sua pregação, e se tornou um líder religioso e político da cidade. Sua influência foi tão grande que a cidade passou a ser chamada de Medina (em Árabe significa: Cidade do profeta) e após algum tempo ele formar um grande exército visando invadir Meca.

Morte de Maomé e a expansão do Império

Em 630, Maomé começa seu processo de expansão do Império Islâmico, e consegue derrotar Meca, dominando a cidade e impondo o monoteísmo como a base religiosa na cidade. Até o ano de 632, ano de sua morte, Maomé já tinha dominado toda a península Arábica. Após sua morte, o Império passa a ser dominado por 4 representantes chamados “califas”. E esses representantes levaram o Império Islâmico ainda mais longe ao dominar regiões da Pérsia, Egito, Síria, Palestina e Mesopotâmia.
Com o passar do tempo o poder responável pelo Império ia mudando, mas ele continuava a se expandir, chegando a territórios da Ásia Central, Índia, norte da África e Península Ibérica, no ano de 750. Depois ainda dominaram regiões da Sicília e as ilhas de Córsega e Sardenha.


Declínio do Império Islâmico

Após tantas conquistas, com o passar do tempo o Império Islâmico foi perdendo cada vez mais regiões do Oriente para os povos turcos e os mongóis. Em 1492, os Espanhois chegam e tomam posse da Península Ibérica pondo fim a um Império que durou até o final do Século XV.
Apesar de tudo, toda essa expansão e diversificação de culturas, fez com que o povo Islâmico fossem detentores de um rico patrimônio cultural. Com essa expansões aprenderam e aperfeiçoaram artes como matemática, medicina, filosofia, arquitetura, entre outras. E até hoje esse conceitos se fazem presente na vida de muitas pessoas.


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