6 de abr. de 2017

PERÍODO REGENCIAL

boa tarde, galera! Hoje meu computador resolveu pirraçar, mas tudo resolvido por aqui e bora, comigo! Ainda está a tempo. Vou estar atualizando a página ao longo das postagens.




Duas palavras definem esse complicado período da nossa política brasileira: Instabilidade política e Convulsões sociais.
A primeira, pela disputa de poder entre uma elite que ansiava permanecer no poder, mas não se entendia. Acostumados a um poder absolutista, agora, com a renúncia de D. Pedro I,  cada grupo vai buscar atender aos seus interesses.

A segunda, como sempre, a população pagava um alto preço (cobranças abusivas de impostos, péssimas condições de vida, não participação política...etc... (a lista é grande!)

No cenário político brasileiro, haviam 3 grupos políticos:

RESTAURADORES(Formado por portugueses, desejavam o retorno de D. Pedro e apoiavam a monarquia), LIBERAIS MODERADOS (latifundiários, escravocratas, defendiam um governo centralizado, defendiam uma ORDEM, buscavam continuar no poder), LIBERAIS EXALTADOS (Latifundiários, intelectuais, profissionais liberais, tinham como principal bandeira o FEDERALISMO).

Bom, durante todo o período regencial, o FEDERALISMO estava em discussão. Mas o que é mesmo que isso significa? Liberdade para as províncias!!! 

Aspectos Políticos

O período regencial, como o nome indica, foi marcado pelo governo de regentes. Como D. Pedro I havia renunciado, e o seu filho, Pedrin de Alcântara  tinha apenas 5 anos, até que ele adquirisse maioridade, o país seria conduzido por regentes, políticos indicados pela Assembleia Imperial.

1- Regência Trina Provisória: Período posterior a renuncia de D. PedroI. Até que houvessem eleições, 3 pessoas estariam governando o país. Foram eles os senadores: Carneiro de Campos, Campos Vergueiro e Francisco de Lima e Silva. Eles estabeleceram medidas muiiiiiito importantes, conhecidas como INICIO DO AVANÇO LIBERAL.
  • Readmissão do ministério dos Brasileiros (havia sido banido pelo Imperador)
  • anistia a presos políticos (haviam sido submetido a penas, prisões e perda de cargos pelo Imperador raivoso)
suspensão TEMPORÁRIA do poder moderador.

Gente, gente, gente, não se esqueça que apesar do "avanço liberal", as estruturas do país continuam as mesmas, ou seja, AUTORITARISMO. No entanto, essas medidas serão liberais e antiabsolutistas.

2- Regência Trina Permanente: Após novas eleições, assumiram  os deputados João Bráulio Muniz, José da Costa Carvalho e o Brigadeiro Francisco de Lima e Silva (novamente). Esses caras representavam a ala dos Liberais Moderados. Mas um nome se destaca nessa regência... o do ministro da justiça, PADRE DIOGO ANTÔNIO FEIJÓ.

Esse cara foi responsável por criar a GUARDA NACIONAL: Para garantir a ordem, em meio ao caos de revoltas que eclodiam por toda a parte, criou-se essa "polícia" de confiança das autoridades e dos fazendeiros ricos, para impor a ordem. Quem as comandava, eram latifundiários, escolhidos entre a elite, que recebia o título de CORONEL.

Outra medida importante dessa regência, foi a reforma constitucional, criada para amenizar os conflitos no país, a promulgação do ATO ADICIONAL de 1834.

De acordo com o ato adicional de 1834:
  • a regência deixava agora de ser trina para ser UNA.
  • Suspendia-se o Conselho de Estado (formado por políticos conservadores, na maioria portugueses, que aconselhava o Imperador sobre questões do Estado).
  • Criava as Assembleias Legislativas provinciais, com poderes para fazer leis locais.

  REGÊNCIA UNA DE FEIJÓ 

Foi um período marcado por muitas revoltas sociais e disputas entre os PROGRESSISTAS E REGRESSISTAS. O cara acabou renunciando.

QUEM ERAM OS PROGRESSISTAS E OS REGRESSISTAS? Eram duas alas formadas pelos Liberais Moderados por volta de 1837...
Os Progressistas,  defendiam a centralização do governo no Rio de Janeiro, mas apoiavam o FEDERALISMO (defendido pelos Liberais Exaltados).
Os Regressistas eram contrários ao federalismo, defendiam uma centralização administrativa e eram favoráveis ao fortalecimento do legislativo (maior poder aos deputados).

REGÊNCIA UNA DE ARAÚJO LIMA


Foi conhecido como "regresso", governado pelos conservadores, devido ao retorno do centralismo político, desfazendo as propostas do Ato Adicional de 1834.

Devido a tantas instabilidades sociais e políticas, marcada pela disputa entre as elites políticas, cria-se o clube da maioridade (progressistas) e mais tarde, Pedrin de Alcântara é elevado ao cargo de Imperador, Pedro II, através da antecipação da sua maioridade.

UFAAAA ACABOU NÃO! Vamos agora para as agitações das revoltas sociais.
IMPORTANTE GUARDAR: principais reivindicações dos caras que faziam as revoltas, o caráter dessas revoltas, e claro, identificar onde ocorreram. De quebra, todas, com uma leve observação da Balaiada, defendiam o SEPARATISMO. Nem todas foram populares, e de grande impacto mesmo para os revoltosos, no sentido de promover mudanças frente as suas reivindicações, destaca-se a Revolução da Farroupilha. Mas todas questionavam o governo central e as condições sociais da população.

REVOLTAS DO PERÍODO REGENCIAL 

O que foram

As Revoltas Regenciais foram rebeliões que ocorreram em várias regiões do Brasil durante o Período Regencial (1831 a 1840). Aconteceram em função da instabilidade política que havia no país (falta de um governo forte) e das condições de vida precárias da população pobre, que era a maioria naquele período.


Principais revoltas regenciais:

Cabanagem (1835 a 1840)

- Local: Província do Grão-Pará

- Revoltosos: índios, negros e cabanos (pessoas que viviam em cabanas às margens dos rios).

- Causas: péssimas condições de vida da população mais pobre e domínio político e econômico dos grandes fazendeiros.

Balaiada (1838 a 1841)

- Local: Província do Maranhão

- Revoltosos: pessoas pobres da região, artesãos, escravos e fugitivos (quilombolas).

- Causas: vida miserável dos pobres (grande parte da população) e exploração dos grandes comerciantes e produtores rurais.

Sabinada (1837 a 1838)

- Local: Província da Bahia

- Revoltosos: militares, classe média e pessoas ricas.

- Causas: descontentamento dos militares com baixos salários e revolta com o governo regencial que queria enviá-los para lutarem na Revolução Farroupilha no sul do país. Já a classe média e a elite queriam mais poder e participação política.

Guerra dos Farrapos (1835 a 1845)

- Local: Província de São Pedro do Rio Grande do Sul (atual RS).

- Revoltosos: estancieiros, militares-libertários, membros das camadas populares, escravos e abolicionistas.

- Causas: descontentamento com os altos impostos cobrados sobre produtos do sul (couro, mulas, charque, etc.); revolta contra a falta de autonomia das províncias.

Revolta dos Malês (1835)

- Local: cidade de Salvador, Província da Bahia.

- Revoltosos: escravos de origem muçulmana.

- Causas: os revoltosos eram contrários à escravização, à imposição do catolicismo e às restrições religiosas.


ATENÇÃO!!!! O desfecho dessas revoltas foi praticamente o mesmo. Todas foram violentamente reprimidas, com exceção da farroupilha, onde foi feito um acordo entre os forças farroupilhas e as tropas imperiais, comandadas por Caxias.

 Esse acordo assegurava diversas condições exigidas pelos fazendeiros gaúchos:

  • Não punição dos revoltosos, que recebiam anistia do Imperador.
  • Incorporação dos Soldados Farroupilhos ao Exército.
  • Direito ás liberdade, aos escravos que lutaram pela guerra dos farrapos. (Medida que beneficiou pouquíssimos deles, pois a maioria morreu no conflito).

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