25 de set. de 2011

Industrialização do Brasil

 INDÚSTRIA NO BRASIL
Vamos estudar nesse bimestre a economia brasileira, tratando nessa aula setor secundário ou industrial brasileiro. Você deve conhecer a evolução histórica de nossa indústria, sua distribuição geográfica e o perfil atual desse setor.


Classificação

O setor industrial de transformação pode ser classificado quanto ao tipo de indústria. Assim, podemos falar em:

*indústria de base – é aquela que vai produzir para outros setores industriais. Podemos aí incluir o setor pesado como a siderurgia, a química e a metalurgia.

 *indústria de bens de capital ou intermediária: de equipamentos e máquinas.

*indústria de bens de consumo – produz diretamente para o consumidor final. Pode ser subdividida em durável (consumo e/ou reposição de longo prazo) como a automobilística, eletro-eletrônicos, e não  durável (consumo e/ou reposição de curto prazo) como a têxtil e alimentícia.


Localização das indústrias
A concentração das indústrias em determinados lugares depende de certos fatores que passamos a analisar abaixo:

*proximidade de matérias-primas – é mais importante no caso de setores industriais que lidam com grandes volumes de matéria-prima, como o setor pesado. A siderurgia, por exemplo, necessita de grandes quantidades de ferro e manganês. Essa proximidade reduz o custo com o transporte e garante maior eficiência na continuidade das atividades desenvolvidas pela empresa.

*oferta de energia – um dos insumos mais importantes para o setor industrial é a energia. Determinados setores consomem muita energia, como a indústria de base. A siderurgia requer o uso do carvão mineral, a indústria que produz alumínio requer muita energia elétrica. A não interrupção do fornecimento da energia é um fator essencial para a sobrevivência dessas empresas e, em alguns casos, o custo final de seus produtos é fortemente influenciado pelo custo da energia.

*mão-de-obra disponível – isso explica o porque das indústrias concentrarem-se em áreas urbanas onde podem contar com essa oferta de mão-de-obra. Evidentemente, alguns setores requerem mão-de-obra mais qualificada e procuram cidades onde existam centros universitários e de pesquisa.

*mercado consumidor – no caso das indústrias de bens de consumo, a proximidade do mercado consumidor reduz o custo final do produto no varejo pelo menor custo do transporte até os pontos de venda. Grandes concentrações urbanas atraem mais indústrias que, assim, podem ficar próximas de um grande mercado consumidor.

*boa rede de transportes – essencial para garantir a circulação das matérias-primas, da energia e do produto acabado. A saturação dos transportes em algumas áreas urbanas tem afugentado algumas empresas desses locais.

Além desses fatores é claro que precisamos lembrar de políticas de fomento ao desenvolvimento industrial incluindo isenções de impostos e facilidades para exportação. Assim como é importante também entender que o elevado custo da mão-de-obra, movimento sindical forte e problemas como enchentes, espaço físico disponível (para uma eventual expansão) e falta de segurança motivam indústrias a procurarem novos locais para sua instalação.


Breve histórico

Vamos fazer uma análise histórica do desenvolvimento do setor industrial no Brasil. Inicialmente precisamos lembrar que durante o período colonial o Brasil sofreu fortes restrições por parte da Coroa portuguesa que impedia a instalação de indústrias em nosso país que concorressem com sua produção ou
que ferissem seus interesses comerciais na Europa e no Mundo. Mesmo após a independência o desenvolvimento industrial foi seriamente limitado pelas relações comerciais com os ingleses, maior potência da época. Em 1844, com a adoção de tarifas protecionistas mais elevadas, o Império começa a tomar medidas para promover o desenvolvimento do setor industrial no Brasil. Outros fatores trouxeram contribuição ou foram muito relevantes nesse desenvolvimento:

*cafeicultura – foi responsável pela atração dos imigrantes. Parte deles fixou-se em áreas urbanas constituindo a mão-de-obra assalariada para a indústria e, ao mesmo tempo, mercado consumidor. Além disso, a cafeicultura permitiu um acúmulo de capitais, mais tarde aplicado em atividades diversificadas, no setor bancário e industrial, e contribuiu para a expansão da rede ferroviária e melhoria das instalações portuárias, melhorando a rede de transporte.

*as Guerras Mundiais – durante as Guerras Mundiais, com a dificuldade de manter o comércio importador com a Europa, procura se desenvolver aqui no Brasil uma industrialização para substituição dos produtos importados e atender o mercado consumidor interno.

                            As palavras de ordem na era Vargas seriam nacionalismo e industrialização.

*governos de Getúlio Vargas – a crise na cafeicultura, as mudanças políticas do período Vargas (substituição de uma oligarquia exportadora pela burguesia urbana e industrial) desviam os investimentos para o setor secundário. Impulsiona-se a indústria de base com a criação da CSN(Companhia Siderurgia Nacional), em 1946 e da PETROBRAS em 1953. Também após o término da Segunda Guerra Mundial as importações de equipamentos industriais apresentam um aumento o que indica uma fase de crescimento nesse setor.

Em 5 de setembro de 1956, era lançado em São Paulo o primeiro carro fabricado em série no Brasil, o Romi-Isetta, produzido pela Indústrias Romi S.A.

*governo de JK – através do Plano de Metas ampliam-se os investimentos na infraestrutura necessária para o desenvolvimento da indústria (energia, rede de transportes). Começa a aumentar a participação do Estado em setores estratégicos como energia, mineração, transportes e criam-se estímulos para a
atração dos investimentos estrangeiros tanto no setor pesado como na indústria de bens de consumo duráveis (automobilística).


CICLO ÁUREO: construção de refinaria da Petrobras em Cubatão (SP), concluída durante o regime militar, foi um símbolo do crescimento do País nos anos 70


*governos militares – trata-se de uma fase que alterna períodos de estagnação e recessão com outros de forte crescimento (como no milagre brasileiro entre 1969 e 1973). Amplia-se a diversificação da indústria no Brasil. Adota-se uma política de incentivos às exportações, continua a atração do
capital estrangeiro setores de tecnologia mais avançada começam a mostrar uma maior evolução (setor aeronáutico, bélico, e espacial). A política salarial adotada é prejudicial aos trabalhadores e o modelo econômico que é seguido leva a maior concentração de renda no período.

Transformações Sócio-espaciais ocorridas com a Industrialização do Brasil
Pessoal, em país até então 100% de economia agrícola é inevitável perceber as inúmeras mudanças que vieram juntamente com a indústria. Dentre elas:

Urbanização do Brasil. Como disse anteriormente nosso país anteriormente predominantemente agrícola passou a se urbanizar e atrair pessoas do campo para a cidade.

Implantação de uma legislação trabalhista (CLT) para os operários das fábricas.

Não podemos deixar de lembrar aqui os impactos negativos como os impactos ambientais gerados, coisa que naquela época não se tinha noção, nem preocupação e o aumento do endividamento do Brasil, pois todas as obras de infra-estruturas promovidas só foram possíveis através de empréstimos junto aos bancos estrangeiros.

2 comentários:

  1. . Fessorinha , contamos com sua colaboração amanhã , final do ano ta aqui ée terceirão nos espera . KKK -

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  2. Jack a matéria tah ótima, gostei mto, super bem esplikda e resumida! valeu! bjus Ramayane...

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